quarta-feira, 11 de maio de 2011

. Steel vs Will


O Protesto na Praça da Paz Celestial (Tian'anmen) em 1989, mais conhecido como Massacre da Praça da Paz Celestial, ou ainda Massacre de 4 de Junho consistiu numa série de manifestações lideradas por estudantes na RPC, que ocorreram entre 15 de Abril e 4 de Junho de 1989. O protesto recebeu o nome do lugar em que o Exército Popular de Libertação suprimiu a mobilização: a praça Tiananmen, em Pequim. Os manifestantes (cerca de cem mil) eram oriundos de diferentes grupos, desde intelectuais que acreditavam que o governo do Partido Comunista era demasiado repressivo e corrupto, a trabalhadores da cidade, que acreditavam que as reformas económicas na China haviam sido lentas e que a inflação e o desemprego estavam a dificultar as suas vidas. Os protestos consistiam em marchas pacíficas nas ruas de Pequim.



Devido aos protestos e às ordens do governo que pediam o encerramento dos mesmos, produziu-se no Partido Comunista uma divisão de opiniões sobre como se deveria responder aos manifestantes. A decisão tomada foi a de suprimir os protestos pela força! Em 20 de Maio, o governo declarou a lei marcial e, na noite de 3 de Junho, enviou os tanques e a infantaria do exército à praça de Tiananmen para dissolver o protesto. As estimativas das mortes civis variam entre: 400 a 800 (segundo o The New York Times), 2 600 (segundo informações da Cruz Vermelha chinesa) e 23 (segundo o anúncio oficial de Beijing). O número de feridos é estimado em torno de sete mil e dez mil, de acordo com a Cruz Vermelha. Diante da violência, o governo empreendeu um grande número de presos para suprimir os líderes do movimento, expulsou a imprensa estrangeira e controlou completamente a cobertura dos acontecimentos na imprensa chinesa. A repressão do protesto pelo governo da República Popular da China foi altamente condenada pela comunidade internacional.



No dia 4 de Junho os protestos estudantis intensificaram-se bastante. No dia 5 de Junho, um jovem solitário e desarmado invade a Praça da Paz Celestial e anonimamente faz parar uma fileira de tanques de guerra. O fotógrafo Jeff Widener, da Associated Press, fotografou o momento, a foto ganhou lugar nos principais jornais do mundo. O rapaz, que ficou conhecido como "o rebelde desconhecido" foi eleito pela Times, como uma das pessoas mais influentes do século XX. A sua identidade e seu paradeiro são desconhecidos até hoje.

2 comentários:

  1. Bom artigo! Lembrar Tiananmen é necessário! Um momento de particular intensidade no constante atropelo dos Direitos Humanos na China!

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  2. Bom artigo! Lembrar Tiananmen é lembrar o constante atropelo dos Direitos Humanos na China!

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