Nascido entre 470 a.C. a 399 a.C., foi considerado um dos fundadores da filosofia ocidental. Nasceu em Atenas e, influenciado por Anaxágoras, iniciou estudos sobre a natureza da alma humana e a busca do conhecimento. Tido na sua época como o mais sábio dos homens, julga-se imbuído da missão divina de converter os cidadãos de Atenas à sabedoria e à virtude.
Usa o diálogo como método para levar as pessoas a reconhecer a própria ignorância. Não deixou obra escrita, o seu pensamento só pode ser conhecido por meio das obras de Platão e Xenofonte, os seus discípulos. Platão idealizou o mestre, enquanto Xenofonte abordou as teorias socráticas de forma mais realista.
Sócrates questiona as tradições gregas, entre elas costumes dos cidadãos e suas crenças, inclusive nos deuses. A inteligência para pensar e o talento para a oratória tornam-no popular entre os jovens atenienses, o que desperta a atenção dos cidadãos poderosos e conservadores da cidade.
Denunciado como subversivo por não acreditar nos deuses gregos, por introduzir novos deuses e por corromper a juventude, é condenado a suicidar-se com cicuta (este veneno ficou conhecido como «veneno de Sócrates» porquanto que o filósofo grego o tomou num processo de auto-envenenamento da época por ser acusado de ateísmo e corrompimento dos jovens gregos; antes de falecer, segundo Platão, o seu mestre, segundos antes de se suicidar incutiu uma dúvida a seus acusadores: "E agora chegou a hora de nós irmos, eu para morrer, vós para viver; quem de nós fica com a melhor parte ninguém sabe, excepto Deus.").
["A escola de Atenas", Platão e Aristóteles encontram-se no centro]
Quem se segue é Platão um dos dois discípulos mais importantes de Sócrates. Platão (Atenas, 348 ou 347 a.C.) foi um filósofo e matemático do período clássico da Grécia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da Academia de Atenas (representada no quadro acima), a primeira instituição de educação superior do Mundo Ocidental. Juntamente com o seu mentor, Sócrates, e o seu pupilo, Aristóteles, Platão ajudou a construir os alicerces da filosofia natural, da ciência e, claro, da filosofia Ocidental. Acredita-se que o seu nome verdadeiro tenha sido Arístocles; Platão era um apelido que, provavelmente, fazia referência à sua característica física, ou ainda à sua ampla capacidade intelectual capaz de estudar diferentes temas, entre eles a ética, a política, a metafísica e a teoria do conhecimento.
O terceiro filósofo, como já devem imaginar, é Aristóteles, discípulo de Arístocles. Aristóteles (Atenas, 384 a. C. – 322 a.C.) foi um filósofo grego, aluno de Platão e professor de Alexandre, o grande. Seus escritos abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, a poesia, o teatro, a música, a lógica, a retórica, a política, a ética, a biologia e a zoologia.
Juntamente com Platão e Sócrates, Aristóteles é visto como uma das figuras mais importantes, e um dos fundadores, da filosofia ocidental. O seu ponto de vista sobre as ciêncas físicas influenciou profundamente o cenário intelectual medieval, que esteve presente até ao Renascimento - embora eventualmente tenha vindo a ser substituído pela física newtoniana.
Todos os aspectos da filosofia de Aristóteles continuam a ser objecto de um activo estudo académico nos dias de hoje. Embora tenha escrito diversos tratados e diálogos num estilo elegante (Cícero descreveu o seu estilo literário como "um rio de ouro"), acredita-se que a maior parte de sua obra tenha sido perdida, e que apenas um terço de seus trabalhos tenham sobrevivido.
Três grande imortais, que jamais serão esquecidos... Sócrates, Platão e Aristóteles, os primeiros a utilizar a razão como arma suprema para combater a ignorância do Homem.
Pois é, a Grécia! Quem a viu e quem a vê! Fazes muito bem em lembrar uma das matrizes da civilização ocidental numa altura em que a Europa, uma ideia dos gregos, começa a dar de si. Um pouco mais de lógica e racionalidade, como sugeriam os filósofos que apresentas, não fazia mal nenhum aos políticos actuais. Em relação às outras matrizes da civilização que construímos, já agora, são o cristianismo, uma espécie de platonismo fora da academia, e o cientismo do século XVII, o iluminismo.
ResponderEliminarA DIALÉTICA DE SÓCRATES
ResponderEliminarA dialética, na forma de diálogos, que nos chegou na forma dos Diálogos de Platão, é uma descoberta, uma invenção ou convenção grega, um modo grego de interlocução consciente.
Óbvio que a dialética como fato natural está presente em qualquer diálogo, mesmo o do animal em sua linguagem; entretanto, na forma consciente que a tornou o filósofo grego, Sócrates, em especial, que lha entrega a Platão como linguagem filosófica que, posteriormente cria a lógica na linguagem, com o silogismo aristotélico que se funda essencialmente nos princípios da identidade e da contradição.
O filósofo grego Sócrates, o grande conversador, introduz a consciência na dialética, cria a dialética auto-consciente ou da auto-consciência com seu célebre método : A Mayêutica, método socrático de filosofar que, posteriormente, possibilitou à filosofia atingir o ápice em Aristóteles com a invenção do silogismo ou lógica formal, esteio de todo o conhecimento que construiu a sociedade, a cultura e a civilização Ocidental, sendo estribo de todas as ciências e tecnologias atuais e passadas no Ocidente, desde a Idade Antiga, com Roma imperial, atravessando o buraco negro medieval deixado pelo desaparecimento da cultura helenística com o fim do Império Romano que, paulatinamente, foi substituído pela sua herdeira, sua princesa e filha : A Igreja Católica Apostólica Romana, que governou a Idade Média e, portanto, a primeira Idade da cultura Ocidental.
O grande conversador Sócrates descobre a dialética no diálogo e introduz a consciência dessas contradições no diálogo, o que cria a lógica, a gramática e as demais tecnologias intelectuais que permitiram ao homem dar os primeiros passos para a tecnologia científica atual.